DroneSense- Recolha de dados de campos de sensores por UAV (drone)

Enquadramento: As redes de sensores devem a sua grande expansão aos avanços tecnológicos na área dos sistemas embebidos e das tecnologias de comunicação sem fios. Cada dispositivo de rede, constituído por diversos tipos de sensores/actuadores, microcontroladores e interface de rede sem fios, é caracterizado pelo seu tamanho diminuto e baixo consumo de energia. Em áreas em que escasseiam os meios de comunicação é muitas vezes impossível comunicar com uma rede de sensores no terreno, por processos convencionais e economicamente viáveis. Uma das hipóteses mais praticáveis de recolher a informação ambiental disponibilizada por uma rede de sensores no solo recorre a agentes móveis que se desloquem na área abrangida pelo campo de sensores. Actualmente, um dos agentes mais acessíveis para esta missão é o Unmanned Aerial Vehicle (UAV), conhecido popularmente por "Drone". Mesmo que os nós da rede estejam muito dispersos por uma larga área, é possível recolher dados ou activar actuadores no terreno por comunicação directa com um drone.

Objectivos: No Taguspark existe já uma infraestrutura de sensores - a Tagus-SensorNet - que engloba umas dezenas de nós e que suporta um conjunto de aplicações. Com base na experiência adquirida no desenvolvimento e manutenção desta infraestrutura, pretende-se desenvolver uma solução "de campo" em que a recolha de dados possa ser feita por um drone. Neste trabalho vamos focar-nos nos aspectos de concretização da estrutura de rede possível no terreno e facilidades de comunicação entre nós, bem como do sistema de comunicação entre os sensores e os drones, desenvolvendo uma sistema baseado em Bluetooth ou outra tecnologia de rádio de baixo consumo.

Descrição: Partindo de um drone existente, estudar as suas capacidades de comunicação e desenvolver um sistema embebido (HW e SW) a bordo do drone que permita a sua comunicação com um MoteIST equipado com as necessárias interfaces. Estudar a possibilidade do sistema poder ser aplicado a vários nós, desde que a comunicação seja feita pelo mesmo tipo de interface. Produzir um protótipo e testá-lo a bordo de um drone, comunicando com uma rede de sensores experimental.

Orientação: Rui Rocha e Pedro Girão